terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O Nome do Vento

      Primeiro. Esse livro é simplesmente incrível! Segundo. Por que não o li quando me indicaram na primeira vez mesmo?!
      O livro foi escrito por Patrick Rothfuss, mas não tenho muito bem como explicá-lo. Digo que ele, resumidamente, conta a vida de Kvothe, um incrível homem que fez e viveu de tudo no mundo em que se encontra (que infelizmente, ou não, não é o mesmo que o nosso).

      "A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia".


      Como disse, essa é a história de Kvothe. Primariamente, é contada um pouco da rotina de Kote, um singelo proprietário de uma hospedaria chamada Marco do Percurso. Logo, com a chegada de um hóspede inusitado, o Cronista, as coisas mudam. Ele consegue fazer o hospedeiro assumir seu passado como o incrível Kvothe e ainda lhe prometer contar toda sua história de vida.
      Acho que seria muito decepcionante se eu não mencionasse Bast, o assistente e companheiro de Kote que de alguma forma tem um papel muito importante na trama. Então aqui estou citando seu nome, Bast, que participará da coisa toda, ouvindo a história junto com o Cronista e até fazendo umas coisinhas ou outras.
     Kvothe, agora Kote, começa a contar sua história, praticamente desde que era pequeno, quando vivia com seus pais na trupe e aprendia tudo que queria e conseguia com Ben, um arcanista (espécie de sabe tudo da época/história) que vigiava com eles. A vida aparentemente alegre é interrompida quando sua família e amigos são assassinados por um grupo chamado o Chandriano, que até o ato, Kvothe acreditava que era uma lenda.
      Assim ele  foge e passa por verdadeiros apuros, que o ajudarão a se tornar o homem que vira quando consegue finalmente chegar e ingressar na Universidade, onde são formados os arcanistas e onde ele espera conseguir mais informações sobre o grupo assassino que matou sua vida antiga.
     Em alguns pedaços, a história é interrompida, ora pela necessidade de um comentário, ou pela chegada dos clientes habituais da hospedaria. Nessa parte podemos entender um pouco mais sobre o que acontece com os três envolvidos, o mundo que se passa ao redor deles, as pessoas, os medos, os costumes, enfim, tudo.
     Como mencione Bast, é inconcebível a ideia de não mencionar também Denna, a mulher da vida de nosso protagonista. Kvothe a conheceu numa pequena viagem que fazia para chegar a Universidade, mas tinha certeza que nunca mais a veria. Isso foi um engano, ele acabo por encontrá-la, ainda mais estonteante que antes, mas com um novo ponto de vista. Agora ela passa sua vida acompanhada de charmosos e na maioria das vezes, ricos homens, sempre mudando e se enjoando de um ou outro.
     Apesar de tudo, Kvothe consegue manter uma amizade com ela, que ele afirma a si mesmo que é o suficiente e tudo que ele pode aceitar dela (na verdade fica bem óbvio que ambos se amam... mas né). Denna é uma mulher diferente, indescritível, como Kvothe menciona ao Cronista. Ela é tudo, amável, linda, provocante, viva, tudo. Mas vive sumindo e há vários desencontros pelo caminho que ambos traçam.
     Kvothe vai contando sua história, que ele promete terminar ao final do terceiro dia. Como já deu para perceber, esse primeiro livro é só a parte do primeiro dia. Há muitas mais coisas: empréstimos com mulheres perigosas, músicas angelicais, fúria cega de nobres ricos e mimados, companheirismo, aprendizado, dragões, encenações dramáticas, amizade, bebidas fortes, truques impressionantes, atos corajosos, e mais uma infinidade de maravilhas.
     Em suma, o livro é formado por várias histórias, claro que todas se juntam e formam a maravilhosa vida de Kvothe, mas cada parte da vida dele é impressionante e já dá bastante conteúdo para falar (ou escrever, no caso).
     Mudando um pouco minha rotina de distopias e romances adolescentes, esse livro desperta um outro lado de mim. Um lado aventureiro, corajoso, cortês até (pois é, quem diria que eu tenho se quer um pouco de qualquer um dos três!?). Amei de novo esse livro e não consigo pensar em por quê não ouvi meus amigos que praticamente imploraram para que eu lesse logo!
     Esperando ansiosamente pela continuação. Como emprestei esse livro da minha amiga, imagino que possa esperar que ela compre e leia o segundo, me emprestando depois e deixando assim que eu alimente essa fome por mais de Patrick Ruthfuss.

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