quinta-feira, 30 de abril de 2015

A Caçada

      A Caçada é o primeiro livro da série escrita por Andrew Fukuda, e acho que dá para encaixar na nova onda de livros menos melosos. É de vampiros, mas sem muito drama romântico, e dessa vez o personagem principal é masculino, Gene.


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      Nesse mundo, os vampiros são a raça dominante. Os epers (humanos) foram praticamente extintos, ou é isso que todos pensam até o anúncio de uma última Caçada Eper. E Gene foi um dos sortudos escolhidos para participar da competição mais acirrada de todos. 

     O único problema, ou quase isso, é que Gene é um Eper. Ele se camufla e vive escondido e solitário no meio de tantos predadores, mas ficará difícil esconder isso durante o treinamento na base, ou seja, sem a proteção e conforto que sua casa lhe proporciona. E ainda por cima há todos os outros convidados da Caçada. Se eles descobrirem sua verdadeira origem, talvez reste dois segundos antes de Gene ter sua garganta dilacerada e seu sangue drenado, de forma nada limpa ou civilizada. 
     Bem, Gene conta um pouco de sua vida, de como ele tinha um pai, que um dia teve que ir embora, e de como ele tem que sobreviver, indo pegar frutas e água de vez em quando, ou raspar seus pelos todos os dias para que ninguém desconfie de nada. Ele também não pode se aproximar de ninguém, nem dormir com outra pessoa (no sentido literal mesmo), nem demonstrar expressões faciais. Mas então, ele é sorteado para se juntar na mais desejada competição dos últimos 10 anos. 
    Tendo que sair apressado, ele não leva nenhum de seus pertences para a base. E ainda por cima há Julia Brasa, outra escolhida, uma garota de sua escola que demonstra um certo grau de interesse nele, e ela é popular, ou seja, chama atenção. 
    Entre problemas e quase descobrimentos, Gene conhece os "alvos"... Os epers que serão "servidos" na Caçada. E descobre uma coisa incrível. Eles são gente, não bichos semidomesticados. Eles leem e falam e têm conhecimento... Eles são como Gene. E para colocar a cereja no topo, bem no final, ele descobre que Julia Brasa, seu maior medo de descoberta, também é um Eper, um ser humano. 
     É uma coisa muito louca, e eles quase resolvem matar os Epers para poderem viver juntos, mas a humanidade vence, e uns furos - ele é descoberto e como consequência todos querem devorá-lo - acabam fazendo o plano desmoronar.
     Julia se revela, mas foge e se fecha num abrigo, o único problema é que ele fica dentro da base, mas ela tem comida para um bom tempo. Gene tem que ir buscar os Epers que estavam atrás de uma procura fracassada e fazer eles voltarem, o que talvez signifique morte certa. Mas eles vão, só que o plano de que eles eram os alvos é descoberto, o que gera certo atrito. 
      Enfiimm... Achei o livro muito legal. Tem uns furos (como a garota faria naqueles dias? os vamps iam sentir o cheiro), mas a história é boa e nos faz pensar em coisas de um outro ponto de vista. Dá para imaginar que eles achavam um absurdo cantarmos? Diziam que fazíamos isso pois acreditávamos que as plantas cresceriam, ou que o fogo duraria mais.... E de novo, não tem todo aquele romance tosco, que começo a não aguentar mais.

PS: uma frase BEM interessante dele é: "Você passa tanto tempo tentando não ser uma coisa que depois de um tempo passa a odiá-la". Dá para interpretar que, de tanto evitar uma coisa, você começa a odiá-la.

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